"A bandeira está se movendo." declarou o primeiro.
"Não; na verdade, é o vento que está se movendo." contestou o segundo.
Um mestre Zen, que por acaso passava perto, ouviu a discussão e os interrompeu dizendo: "Nem a bandeira nem o vento estão se movendo," disse, "É a MENTE que se move."
Essa parábola, apesar de curta, esconde um significado muito grande. Quando o mestre diz que é a mente que se move, ele está dizendo que na verdade os fenômenos do mundo externo só acontecem no mundo interno, dentro da gente. Isso é um pouco estranho, mas pare para pensar: quando a bandeira se move, nós captamos a imagem e ela chega ao nosso cérebro. Mas essa parábola quer dizer mais do que isso.
Para ajudar na explicação, vou citar outra história muito interessante: Quando a Índia finalmente conseguiu sua independência da Inglaterra, um repórter perguntou à Mahatma Gandhi: “você perdoa os ingleses por tudo que eles fizeram?”. Ora, os ingleses tornaram a vida dos indianos, os nativos que estavam lá antes deles, um inferno. Eram escravos na própria terra, e eles sofreram muito até aquele momento. O próprio Gandhi foi preso inúmeras vezes por seus protestos pacíficos. Mas a resposta de Ghandhi foi: “Eu não os perdôo, porque não há nada a ser perdoado. Eles nunca me ofenderam.” A ação da ofensa é auto-causada: quando uma pessoa lhe insulta, você se ofende. A semântica da frase diz tudo: perante o insulto, nós escolhemos se vamos ficar ofendidos ou não. Depende de como interpretamos o que está acontecendo; A mente se ofende. As coisas, na verdade, estão todas acontecendo dentro de nós, dentro de nossa mente – nada fora dela.
É um conceito difícil de apreender, mas faz muito sentido. Todas nossas emoções, sentimentos e reações acontecem a partir do que estamos interpretando das informações que estamos recebendo. A raiva, a paixão, o amor... é como entendemos o mundo. E esse entendimento é o modo como “construímos” o nosso mundo. O homem não é imparcial; tudo o que percebemos passa automaticamente pelo crivo das nossas experiências e crenças. Assim, uma pessoa que acha a vida na cidade grande uma coisa maravilhosa, vai ficar maravilhada quando for visitar uma metrópole; do mesmo modo, uma pessoa que acha que a cidade grande é ruim, vai achar horrível. É uma via de duas mãos: a informação entra, o juízo de valor sai.
Desse modo, estamos constantemente julgando as coisas em nossa mente, impondo nossas visões e preconceitos sobre as coisas do mundo que apenas são. É a mente que se move. É por isso que os mestres dizem que a maior parte dos problemas do homem são causados por ele mesmo. Porque não existe mais ninguém para causá-los – apenas ele mesmo. É comum do ser humano culpar as coisas externas pelos seus problemas, é uma forma de escapar. Mas isso é apenas uma mentira, uma ilusão – só você mesmo pode fazer algo para se melhorar, e melhorar o mundo que se vive. É claro, precisamos de ajuda dos outros – mas novamente, é nossa mente que vai escolher se abrir para um conselho ou rejeitá-lo se não for conveniente.É um conceito difícil de apreender, mas faz muito sentido. Todas nossas emoções, sentimentos e reações acontecem a partir do que estamos interpretando das informações que estamos recebendo. A raiva, a paixão, o amor... é como entendemos o mundo. E esse entendimento é o modo como “construímos” o nosso mundo. O homem não é imparcial; tudo o que percebemos passa automaticamente pelo crivo das nossas experiências e crenças. Assim, uma pessoa que acha a vida na cidade grande uma coisa maravilhosa, vai ficar maravilhada quando for visitar uma metrópole; do mesmo modo, uma pessoa que acha que a cidade grande é ruim, vai achar horrível. É uma via de duas mãos: a informação entra, o juízo de valor sai.
Isso nos leva à reflexão final: Até que ponto estamos ofendendo a nós mesmos? Até que ponto estamos nos auto-infringindo sofrimento? E até que ponto estamos colocando a culpa disso em coisas e pessoas à nossa volta?
“As above, so below”
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