terça-feira, 23 de junho de 2009

Tao Te Ching verso 1

O caminho que pode ser seguido
Não é o Caminho Perfeito.
O nome que pode ser dito
não é o Nome eterno.
No principio está o que não tem nome.
O que tem nome é a Mãe de todas as coisas.

...
Tao Te King.




O Mestre[1] não deve desejar que o discípulo siga exatamente o seu caminho, mas sim que este caminho sirva de exemplo para o discípulo seguir o seu próprio, " pois o caminho que pode ser seguido não é o caminho perfeito".

Desejar é o não ter, e aquele que não tem para si também não tem para dar, por isto se o Mestre deseja que o discípulo siga o seu caminho é porque ele não tem caminho para ser se-guido.

Aquele que segue chega depois e no Tao, no absoluto, não existem o antes e o depois.

O Mestre não deve tentar trazer o discípulo para a sua linha de compreensão, mas ir até a do discípulo e ali orientá-lo.

"Não aceite nada daquilo que vos digo; não aceite aquilo que está escrito em livros considerados sagrados; aceite somente aquilo que passou por vossa compreensão" ...BUDA.


Se um principio pode ser definido, não é Tao. Tao é um principio, a criação, por outro lado, é um processo.

O discípulo deve tomar o caminho do mestre como referencial, mas seguir sempre aquele que lhe é próprio.

Os caminhos seguem juntos mas só se unem no fim do percurso.

Seguir é imitar, imitar é reflexo e reflexo não é a coisa em si.

O marionete segue o caminho do manipulador, ele pode parecer ser quando na realidade não é. Seguir literalmente o Mestre é como ser um marionete que ativado pelas mãos do operador; parece ter vida quando na realidade não a tem, e assim sempre estará no depois.

A meta do discípulo é chegar ao Absoluto e no Absoluto, em Brahman, no Tao, não existem "depois".

O Mestre não deve almejar que o discípulo o siga como um autômato, mas tornar-se consciente, e com a mente aberta, afastar preconceitos e prevenções.

Os preconceitos não surgem sozinhos, sempre são estabelecidos por alguém. Seguir preconceitos é imitar o autor, é acompanhá-lo, é o caminhar depois e não se chega depois ao Infinito.

Um mestre é um farol orientador, um ponto de referência no caminhar, mas o caminho é de cada um.

Muitos não chegam a ser mestres porque desejam seguidores e não companheiros seguindo juntos em direção à uma meta única.

Copiado do Site do José Laércio do Egito.

Um comentário:

  1. Oi meninos passei rpa dizer que embora raras vezes, ainda acompanho o blog de vcs, mas vcs sabem né!? quem tem blog acaba dedicando um bom tempo à ele...bjim e continuem com seu blog, sempre encontro aqui sábias palavras para continuar a percorrer meu caminho.

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